Sexta, 20 Dezembro 2013 00:00

CARTA ABERTA - MANIFESTO SINDICOMERCIÁRIOS

Neste mês de dezembro, o que todos queremos é esquecer um pouco as angústias e as diversidades da vida diária. Procuramos nas festas de natal, além do culto ao nascimento de Jesus, o refúgio para amenizar as lutas do cotidiano.

O comércio faz parte deste contexto. É a preocupação com presentes. É a euforia de ter finalizado mais um ano. Os trabalhadores comerciários constituem-se figura fundamental neste ambiente. Infelizmente, a luta da classe em alguns casos é mal compreendida pela população. Sim, o comércio precisa funcionar em domingos,  dizem alguns. A cidade não pode regredir, falam outros. O Sindicomerciários tem ciência disso. Sabemos que o crescimento da cidade é importante. Mas este crescimento não pode ser às custas da exploração de uma categoria profissional.

O empresariado esquece que o investimento em valorização dos trabalhadores através da concessão de melhores salários vai retornar à loja, pois comerciário também é consumidor.

Uma entidade sindical precisa estar ao lado dos seus representados. Precisa refletir os sentimentos destes homens e mulheres que fazem do atendimento ao público a sua sobrevivência. É com este espírito de solidariedade, palavra tão pronunciada nestes dias, que o Sindicomerciários reafirma seu compromisso com a classe comerciária: não aceitar as imposições, a desvalorização e o tratamento diferenciado. Se em outras cidades bons acordos são fechados para o trabalho em domingos de dezembro, trazendo tranquilidade a consumidores, trabalhadores e empresários, por que aqui isto é coisa de outro mundo?

Montenegro não é diferente. Ao contrário, é uma cidade que cresce a cada dia. Isto é ótimo para todos nós. No entanto, o comércio está perdendo trabalhadores qualificados pela falta de visão estratégica.

Queremos manifestar que não podemos aceitar o trabalho irregular de braços cruzados. Por isso estaremos presentes nos domingos, observando e cobrando o cumprimento da jornada de trabalho dentro dos limites da legislação. Ao mesmo tempo, continuamos apostando no diálogo como forma de solução para as divergências. 

Montenegro, dezembro de 2013.

À Diretoria.